26.1.13

Tem algo que vem se aproximando,chega de mansinho e de repente,me saúda com uma leve mesura e fica me circulando. Me olha nos olhos,mas não vejo nada que não seja eu mesma. Me sinto primeiramente desconfortável e logo em seguida em pânico, pareço uma bagunça nessa timidez sem origem, me sinto perdida por não saber nada sobre isto, o futuro. o passado. ela. ele. presente.
"Aquilo" se move como um felino. Me conduz como um dono, me sinto um cão, uma cadela, e ironicamente eu me enlaço nisso, me tranço, enroscada, enrascada, ferrada e feliz (na coleira). É num vai e volta que essa relação se mantém, no paralelo entre realidade e escapismo, é quando eu quero fugir e me sinto marcada e obrigada a voltar, me rastejando sempre de volta pra aquilo que me deixa forte e fraca.
 Eu sempre me pergunto: como eu posso me apaixonar pela dor que eu sinto?
Toda a vez que ela me estende a mão eu pego, agarro, faminta por sentir aquele torpor que deixa meus olhos semi serrados e meu coração a passos lentos. Nunca gostei de frenesi, por que é algo que não se acompanha e não se preve, eu me sinto idiota de não poder controlar, mas passo a ser fantoche do destino cujo as linhas o demo puxa só na brincadeira (quando eu quero que algo,qualquer coisa mude).
E é assim que se sucede a histórinha da vida de todos nós, seguindo seu curso como o rio,que sempre corre pro mar, pra um final amargo. (Final feliz )

L.

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