12.9.13

A fumaça dos cigarros se acumula,estamos você e eu sentados de fronte um pro outro então você me pergunta "seria diferente?" te respondo pois, que não, que demos certo apenas uma vez, eram outros os tempos, os buracos e as faltas agora são diferentes, alguns por sinal, foram por causa tua.
Você dá uma tragada,bagunça o cabelo, frustrado, e eu mudo meu olhar pra janela um tanto incomodada. Dá pra contar nos dedos as ocasiões as quais fomos recíprocos, que nossos sentimentos se tocaram e se misturaram como café com leite. Hoje nada mais somos que água e nescafé. Não era o mesmo.
"E tu acreditas que ainda te quero bem?", sorrio e afirmo que sim, lhe toco a mão, te sinto, sinto tanto, sinto muito, e não sinto nada. É se não uma pena que não fomos feitos para permanecer juntos, porém lhe afirmo que é o melhor, não suportaria te ver distante mais uma vez pois morria eu de saudades e tu de nostalgia. Não era nosso tempo, apenas era um tempo nosso. Nada foi sério nem oficial então não restara nada a se jogar fora a não ser uma segunda chance.
Me olha teus botões negros, por um segundo me sinto menina e cruzo os tornozelos, tensa. Tu ainda me meche sabia?, "Sabes bem que sinto o mesmo. Nos quisemos tantos, pra onde foi tudo isso?" Me sinto enjoada com a pergunta e bebo minha taça de vinho, molhada a garganta, tirado o nó te explico, que  não há mais palmas suadas e corações palpitantes para idade como as nossas... "Apenas finais amargos." Baby, você não poderia estar mais certo que à anos atrás. Nosso romance devia ter sido guardado numa foto, duraria mais que a gente.
Ainda bem que não casamos. 
Ainda bem que não adotamos um gato.

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