Misture minha alma
a um pedaço do céu
ao rastro das flores
para que eu me torne
cada vez mais bonita
Mescle meu rosto
junto a neve
e ao fogo
e as estrelas
para que eu nunca me negue
Queime meu coração
sobre o sol
para que ele nunca duvide de si
e aprenda que o calor
é mais forte quando
eu me consumo
Há forças
que eu mal compreendo
escondida entre as sombras
Então estende tua mão
ardente misericórdia
nos teus braços
eu aceito o caos
se tu me deres um pouco de ti
naturalmente
a calma se alastra
Eu aceito sua sina
febril melancolia
chamada destino.

O seu nome
na ponta da língua
entre as minhas coxas
O seu nome
o vento sopra
e eu escuto
Não importa
se é no topo do mundo
ou no sangue que pulsa
Você
poesia inacabado
meus eternos verões
começam a sombrear
vindo de tão longe
o cálido suspiro
O seu nome
escrito na minha pele
com as pontas dos meus dedos
fixado em mim
eu só existo
pra te repetir.

A mágica das coisas

que nós dissemos 

mal comporta a loucura 

que é estar...

Com você

não tenho 

velhas memórias 

a novidade esta

aqui dentro 

naquela vontade desperta

poderíamos matar tempo

descobrindo o que sentimos 

como numa leve tragada 

Será que 

eu estou...

Querendo me render

estou cada vez mais próxima

de perder o controle

eu que não confio 

em mim

caio cada vez mais fundo

sobre seus olhos 

Esqueci de admitir

que eu realmente

estou...

querendo me perder

Não me procurem

pois nem eu me reconheço.

Eu gosto
é do estrago
dos teus olhos
é o perigo
da tua fome
a tua sombra
sobre meu corpo
eu sinto
e eu sei
pois quando eu encontro
o desafio
só pelo prazer
de provocar
Eu brinco
é por maldade
sentido a melodia
do desastre
caindo sobre mim
o tortuoso delírio
Não há escape melhor
do que o risco
de se lançar sobre
tua misericórdia
tão odiosa glória
de ser a jovem face da revolta
Pra perder a compostura
amaldiçoando teu orgulho
você percebe já de joelhos
que eu nunca fui sua
pra começar.