29.3.15

Liberdade
eu te chamo
eu te clamo
vontade sobre ti
quando as coisas são diferentes
não a mesma velha história
eu rio alto
pois no fundo penso tão longe
a mesma conclusão
dissociação
os meus medos e desejos
virando um grande alvoroço
eu não posso tragar fundo
sem lapsos da tua imagem
tão forte,tão errado
tão eu
desnorteada
a vida é uma grande piada
quando eu quero algo que eu não posso ter
Liberdade,
é escrever teu nome nas paredes
e estar conscientemente presa sob tua vontade
o que eu sinto nada mais é
que um fim de verão chuvoso
eu ainda não vejo claramente
mas a carne demanda
liberdade
contigo
floresce

24.3.15

Isso não é sobre o presente
ainda
eu apenas não sei lidar 
com essa aquietação 
meu rumo tropeça,esbarra 
de leve por entre 
essa rede de acomodação 
eu não me sinto viva
enquanto não morrer lentamente 
sobre a idealização do futuro 
não aceito outro caos
a não ser o auto imposto 
Eu sinto falta de uma parte 
que eu não conheço 
saudades do perigo 
senhor de todos os meios
de liberdade 
da auto destruição 
alimentando meus vicios
sigo pra uma parte mais sombria 
distante da situação real 
nada aceito, apenas exijo 
cada vez mais voraz
um pedaço desse sonho 
a vida que eu queria pra mim 
em meio ao flamejante desejo
de não ser tão humana
Em que ponto os anjos e 
os demônios 
vão parar de brigar pela minha vontade?

22.3.15

Eu não consigo dormir
por que eu vivo
entre a realidade e o sonho
escape daquela velha
sensação
eu tenho um momento
de puro torpor
entre a fumaça
e a trilha
continuo chamando
por alguém que
atenda
entenda
Eu te quero mais
no calor do momento
quando eu não julguei
minha fraqueza
sou levemente inclinada
a tua vontade tão
minha
No teu abraço habita meus medos
e tão fundo eu me arrasto
pra dentro daquilo que eu condeno
nem todo o amor te garante
nem todo o tesão te afeta
as noites que eu vejo o dia
são as mais reais